quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Brasil é o 3º país do mundo que mais faz cirurgias de redução do estômago


Edição do dia 11/10/2012
11/10/2012 08h52 - Atualizado em 11/10/2012 08h52

Ministério da Saúde anuncia novas regras para a realização desse tipo de cirurgia, como cinco novos exames antes da intervenção cirúrgica.


Ministério da Saúde anunciou novas regras para a cirurgia de redução do estômago pelo SUS, além de incluir mais exames, a técnica mudou também e a idade mínima para cirurgia foi reduzida. A idade mínima para as cirurgias de obesidade, as bariátricas, na rede pública vai cair dos atuais 18 para 16 anos.
Você está acima do peso? É o caso de quase a metade da população do país, e 15% dos brasileiros são considerados obesos.
O Ministério da Saúde fez um ranking das capitais com maior índice de obesidade. Em primeiro lugar está Macapá, no Amapá, com 21,4% da população. Depois vem Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 19,6 %. Em terceiro Natal, no Rio Grande no Norte, com 18,5% dos habitantes e em quarto, Fortaleza, no Ceará, com 18,4% dos moradores obesos.
Gabi é um exemplo. Ela se prepara para fazer a cirurgia bariátrica, conhecida como redução do estômago. “Eu tenho que perder uns 44 quilos para, fisicamente era outra pessoa. Estou sendo preparada para ter qualidade de vida, para mudar meus hábitos”, conta Gabrielle Vieira, estudante.
O Brasil é o terceiro país do mundo que mais faz cirurgias de redução do estômago. Só nos hospitais públicos foram feitas no ano passado cinco mil cirurgias. Pessoas com a chamada obesidade mórbida têm de 6 a 12 vezes mais chance de morrer do que alguém com peso normal. É que aumentam os riscos de doenças do coração, de circulação, fora a diabetes, problemas do sono, alterações hormonais e sexuais.
Alimentação errada e falta de exercício também têm levado adolescentes a extrapolar o peso.
Tanto que a partir de janeiro, de acordo com o ministro da Saúde, as cirurgias no SUS serão autorizadas a partir dos 16 anos.
“Na década de 70, tínhamos cerca de 3% da população adolescente, acima do peso. Hoje chega a ser quase 22% da população acima do peso”, diz Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
E o médico alerta: profissionais têm que ser criteriosos na indicação cirúrgica. Hoje, segundo ele, 50% dos pacientes que chegam ao consultório precisam é mudar os hábitos de vida.
“As pessoas precisam entender isso, que aquelas pessoas que comem mais a noite, no final da tarde, são pessoas com mais propensão a desenvolver obesidade. Os grandes comedores de doce são as pessoas que vão desenvolver obesidade e os comedores de carboidratos, massas, vão ser obesos no futuro. Precisamos ter essa orientação”, explica afirma Ronaldo Cuenca, professor da UNB.
E cinco novos exames passarão a ser obrigatórios antes da cirurgia. A cirurgia é uma solução para muita gente, mas o importante é mudar e saber o porquê as pessoas tem esses hábitos. Comer de forma mais leve à medida que o dia vai terminando e também tem que ver a ansiedade, o ritmo e que tipo de vida se tem.
Fonte: TV GLOBO
 

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