Plástica depois da redução de estômago requer tempo de espera
Muitas mulheres tem se submetido às cirurgias bariátricas para a redução do estômago na expectativa de realizar o sonho de ficarem magras e belas. A medida é encarada como positiva em casos de obesidade mórbida, quando o sobrepeso - além de causar doenças - diminui em até 20% o tempo de vida de um paciente. Boa parte delas, porém, não sabe que os resultados tão desejados só vêm em longo prazo, e se associados a outras cirurgias, como aquelas para a remoção do excesso de pele.
Isto acontece porque tais cirurgias não podem ser feitas imediatamente ao procedimento bariátrico, fato que causa muita frustração nas mulheres, ansiosas por exibir a nova silhueta. A retirada do excesso de pele, por sua vez, só deve ser realizada depois de um período médio de 12 a 18 meses, quando houver a estabilização do peso do paciente.
Veja abaixo os mitos e verdades sobre o procedimento cirúrgico para a remoção do excesso de pele e entenda como ele funciona.
A cirurgia plástica não tem riscos
Mito. A plástica é uma cirurgia grande e como outra qualquer oferece riscos. “Entre eles, infecções, aparecimento de hematomas e complicações anestésicas. Mas se o cirurgião tiver experiência e for de qualidade, os resultados negativos diminuem muito”, explica o Dr. Luiz Philipe Molina Vana, médico assistente de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A plástica pode ser feita no corpo todo logo após a cirurgia da redução de estômago
Mito. A plástica não pode ser realizada no corpo todo de uma só vez. Caso sejam necessárias várias cirurgias, o cirurgião e o paciente devem conversar e elaborar um tratamento para cuidar das áreas que mais incomodam, evitando realizar muitas intervenções. “Caso contrário, podem surgir complicações, como uma anemia profunda e até embolia pulmonar”, alerta Dr. Walter Zamarian Jr., membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Há um período que deve ser respeitado entre uma cirurgia de remoção e outra.
Verdade. Não é possível realizar uma cirurgia plástica logo após a de redução de estômago, pois isso interfere na cicatrização adequada, que normalmente envolve grandes incisões. Além disso, a mudança constante do peso corporal dificulta a realização de uma plástica definitiva, com o risco de uma flacidez decorrente da perda de peso. “Devemos repetir os exames pré-operatórios para ter certeza de que está tudo bem”, completa o Dr. Luiz Philipe.
A cirurgia deixa cicatrizes.
Verdade. Tudo dependerá das habilidades de um bom cirurgião e do organismo de cada pessoa. “Quanto maior a flacidez (excesso) de pele, maior a cicatriz resultante. Contudo, a cirurgia plástica faz de tudo para que as cicatrizes fiquem escondidas ou disfarçadas, quando possível”, explica Dr. Walter.
O paciente pode voltar a trabalhar logo em seguida ao pós-operatório
Mito. No primeiro mês, normalmente, há uma restrição para voltar ao trabalho, que varia de sete a 21 dias. Os médicos recomendam dormir de barriga para cima (exceção no caso de prótese de silicone nos glúteos) e evitar realizar esforços físicos, como por exemplo, academia. “Quando se operam as mamas, recomendamos três semanas sem dirigir. Após um mês, pode-se dormir de lado, fazer exercícios leves, caminhada, levantar os braços e com dois meses realizar qualquer tipo de esforço físico”, finaliza Dr. Walter.
Fonte: Hélice - Especial para o Terra
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